domingo, 19 de setembro de 2010

Encontro de Corais

O Ministério de Música promoveu neste domingo a apresentação do encontro de corais da Primeira Igreja Batista de Catu, Primeira Igreja Batista de Feira de Santana e da Igreja Batista Alvorada, em culto de Adoração e Louvor ao SENHOR.



Coral PIB de Catu


Coral PIB de Feira de Santana


Coral da IBA de Feira de Santana


Cantando juntos: Coral da PIB de Catu, Coral da PIB de Feira  e Coral da IBA de Feira

sábado, 18 de setembro de 2010

Discipulado e batismo na teologia da Trindade

* Ciro Sanches Zibordi

Discipulado é o processo de dar contínua e sistemática ajuda ao novo convertido, capacitando-o a crescer em direção à maturidade e à frutificação.

A frase grega Porenthentes oun mathetéusate panta ta ethne significa, literalmente, “Ide, portanto, fazei discípulos de todos os povos”. O texto, registrado em Mateus 28.19, é uma demonstração clara de que o discipulado não é uma opção para o cristão. O Senhor Jesus nos mandou fazer seguidores. Não obstante, as pesquisas têm indicado que a Igreja brasileira evangeliza pouco, e discipula menos ainda. Não seria essa uma das razões para a proliferação dos evangelhos estranhos mencionados aqui mesmo, na matéria de capa da edição 125 da revista ECLÉSIA?

Discipulado é o processo de dar contínua e sistemática ajuda ao novo convertido, capacitando-o a crescer em direção à maturidade e à frutificação. Vemos algumas ilustrações que nos ajudam a compreender a relevância desse trabalho em textos como Jó 39.12-15; Provérbios 12.27; e I Coríntios 3.6. Se nós nos preocuparmos apenas com a evangelização e não discipularmos, seremos como a avestruz, que se alegra ao botar os ovos, mas se esquece de que eles podem ser pisados e destruídos. Seremos, ainda, como o preguiçoso que não assa a sua caça. E, finalmente, como alguém que planta sementes e não cuida delas. A chave para o crescimento qualitativo e quantitativo da igreja brasileira é uma só: o discipulado.

Mas o texto que abre este artigo também indica onde a semeadura e o cultivo da semente devem ocorrer. Considerando que o termo ethne, derivado de ethnos – que significa “povo” ou “gente” –, o Senhor Jesus espera que façamos discípulos de todos os povos, isto é, de todos os grupos étnicos. A Grande Comissão, por conseguinte, é etnocêntrica, e a Igreja deve estar preparada para evangelizar e discipular cada povo. O que é um grupo étnico? É um ajuntamento significativamente grande de pessoas conscientes de partilharem um vínculo comum. Pensemos no continente africano, com as suas dezenas de fronteiras nacionais e milhares de divisões tribais, separadas umas das outras por culturas, línguas, classes, normas de conduta, sistemas de valores, costumes etc. Como a Igreja contemporânea conseguirá evangelizar e fazer discípulos de todos os milhares de povos do mundo? É preciso que haja conscientização dessa missão, preparo e, sobretudo, poder dinâmico do Espírito Santo, tão bem expresso em Atos 1.8.

O versículo do evangelho de Mateus também mostra que a Igreja o Senhor deve batizar as pessoas discipuladas, a fim de que sejam, verdadeiramente, discípulas. A despeito da urgência da evangelização, a Grande Comissão abarca evangelização, discipulado e batismo em águas, o qual deve ser ministrado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Mas esse tripartido mandamento vem sendo negligenciado por muitas igrejas locais, que apenas evangelizam – e algumas, nem isso fazem. Outras oferecem um sucinto e insuficiente curso de discipulado. E há aquelas que, além de não fazerem discípulos de Cristo, não seguem à risca o mandamento acerca do batismo em águas. Certas igrejas, infelizmente, têm feito milhares de seguidores, mas não de Cristo!

Alegando rompimento com a religiosidade, esses grupos aboliram, por conta própria, o batismo em águas, o qual foi acolhido como uma ordenança pela Igreja primitiva. Outros movimentos batizam, mas ignoram a fórmula em nome da Trindade, sob a alegação de que Pai, Filho e Espírito Santo são a mesma pessoa, uma vez que a expressão “em nome” está no singular. Essa interpretação mostra-se falaciosa, haja vista não considerar que a construção frasal indica claramente que o termo “nome” tem função distributiva, denotando, na verdade, que o batismo em águas deve ser ministrado no nome do único Deus Todo-poderoso, subsistente em três distintas personalidades.

Além do mandamento de fazer discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, vemos, de modo implícito, em Mateus 28.19, que não devemos negligenciar a doutrina da Trindade. Pensar que ela pode ser negada sem maiores conseqüências é um grave erro. Quem rejeita a Trindade é contra a Bíblia; opõe-se ao próprio Senhor Jesus; nega a personalidade do Espírito Santo e opõe-se à teologia, rejeitando o plano da salvação – afinal, na obra salvífica, o Pai enviou o Filho, que consumou a obra recebida, e o Espírito Santo é quem convence o pecador dessa gloriosa salvação. Sejamos, pois, fiéis ao tríplice mandamento de evangelizar, fazer discípulos e batizá-los em nome da Trindade, a fim de que o Reino de Cristo verdadeiramente se estabeleça no Brasil e no mundo.

* Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e da Casa de Letras Emílio Conde.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Aba, Pai



“E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.”  Gálatas 4:6


 *Osmar Ludovico


Jesus se sentiu de tal forma e com tal intensidade vinculado a Deus, que só conseguiu expressar-se utilizando a categoria da filiação. Ele se dirige a Deus chamando-O de Aba, palavra aramaica que os tradutores não ousaram tocar, não conseguiram outra para expressar todo seu conteúdo. Aba – baba nas línguas semíticas, papa nas latinas, dada nas anglo-saxônicas – é a forma carinhosa com que a criança chama seu pai, vocábulo primitivo, que o nenê balbucia. Somente a palavra Aba consegue transmitir o que Jesus Cristo sentia quando olhava para Deus.

Aba é uma das palavras mais densas de todo o Novo Testamento. Ela nos revela esse mistério íntimo e supremo da relação de Jesus com Deus. Jesus invoca a Deus com esse termo denotador de familiaridade e intimidade absoluta. Com essa palavra é possível abrir uma pequena fresta no mistério de Deus. Uma fresta que nos permite deslumbrar a ternura, o cuidado e o afago de Deus. Jesus Cristo chama Deus de Pai, Aba, Papai, Painho.

Ao chamar Deus de Pai, Jesus nos revela o segredo de Seu ser único. Assim, o Deus vivo e verdadeiro, o criador do universo, a quem não vemos, é o Pai de Jesus Cristo. O Deus Altíssimo, o Todo-Poderoso, passa a ser definido como o Pai de Jesus.

Lemos no Evangelho de João que Jesus diz: “Eu e o Pai somos um” (10:30), e ainda: “Ninguém jamais viu o Pai, o Deus unigênito, que está no seio do Pai que o revelou” (1:18).  Felipe pede a Jesus: “Mostra-nos o Pai”, e Jesus responde: “Quem vê a mim vê o Pai” (João 14:8-9).

Assim, podemos dizer que Deus Pai escolheu se revelar por meio de Cristo, e isso tem dois desdobramentos:
    • Da parte de Deus, Ele se revela a nós tão-somente por intermédio de Jesus Cristo.
    • Da nossa parte, só podemos conhecer e nos relacionar com Deus por meio de Seu Filho Jesus Cristo.

Deus é revelado ao homem essencialmente na lógica do amor, da ternura, da proteção. Pai é aquele que gera, que cuida, que protege, que carrega, que dá direção e limites, que educa, que lança para a vida. Um Pai com muitas coisas de mãe, que tem carinho, colo e afago.

Toda a experiência humana de Jesus Cristo em relação a Deus como Filho, toda Sua vivência de dependência, vínculo, proximidade, intimidade pode também ser nossa pela adoção.

Pois, quando nos convertemos, nos tornamos filhos de Deus: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem em seu nome” (João 1:12). Ou ainda: “E porque sois filhos enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho que clama Aba Pai, de sorte que não és escravo, porém filho e sendo filho também herdeiro de Deus” (Gálatas 4:6).

A filiação é a nossa identidade no mais profundo, no âmago. Quem somos nós? Somos pecadores a quem Deus fez Seus filhos amados. Essa convicção profunda, testificada no nosso coração pelo Espírito Santo, gera uma profunda alegria – a alegria da afirmação de nossa identidade.

A oração que Jesus ensinou aos Seus discípulos começa com Aba, Pai e expressa uma invocação cheia de afeto, júbilo, louvor, alegria, submissão, intimidade e respeito. Quando invocamos a Deus como nosso Pai, o discipulado passa a ser visto na ótica da filiação.

Os seguidores e discípulos de Jesus Cristo são vistos como filhos, e a comunidade cristã é vista como família de Deus. Então, a caminhada de fé passa a ser permeada por essa relação de paternidade, filiação e fraternidade. Um relacionamento marcado por essa proximidade afetiva de Deus para com os discípulos que se tornaram Seus filhos e irmãos entre si.

A queda nos lançou numa terra distante, e se converter significa voltar para a casa do Pai, como fez o filho pródigo. Um Pai amoroso que nos acolhe sem restrições e pelos méritos da cruz de Cristo nos perdoa, nos abraça e faz festa.

Nossa filiação é a grande afirmação do Novo Testamento, e Aba Pai é a expressão mais exata para traduzir em nosso mundo a experiência que temos com Deus. Estamos reconciliados com nosso Pai Celestial.

*Osmar Ludovico é Teólogo, Pastor, colunista da Revista Enfoque, dirige cursos de espiritualidade, revisão de vida e seminários para casais, pastores e missionários no Brasil e no exterior.

Fonte: Revista Enfoque




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

POR UM BRASIL verdadeiramente FELIZ

DIVISA: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4.18,19


A depressão, vazio da alma e outras definições são sensações que afetam todas as idades e classes sociais. A sociedade pós-moderna, mergulhada em sua melancolia, vê-se refém da indisposição, inclusive, para hábitos antes prazerosos. Essa frieza pela vida tem suas conseqüências. Parte delas são estampadas nas páginas de jornais e revistas, mas o que se prevê para as próximas décadas são efeitos cada vez mais alarmantes da falta de perspectiva de vida.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em estudo encomendado pela Federação Mundial para a Saúde Mental, estima-se que 121 milhões de pessoas (mais que a população do México, em termos comparativos) sofram com a depressão em todo o mundo. No Brasil, são 17 milhões que enfrentam a doença, nem sempre fácil de ser diagnosticada. Ainda segundo a OMS, 75% dos entrevistados no País nunca receberam um tratamento adequado.

A depressão não diagnosticada e, portanto, não tratada, abarca o suicídio. Pelo menos é o que afirmam especialistas: 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva. Nos últimos anos, a taxa das pessoas que tiraram a própria vida aumentou 56,9%, sendo aproximadamente 2 mil o número de jovens que tentaram suicídio. Outras mazelas sociais, como o uso de drogas, seguem a lógica da infelicidade. Não são poucos os caso de pessoas que buscam satisfação nos entorpecentes. O Ministério da Saúde estima que existam hoje 600 mil usuários de crack e tenta, em medida desesperada, dobrar o número de leitos dos hospitais gerais a fim de receber dependentes químicos. A medida faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em maio desse ano.

Os fatos revelam que o Brasil precisa encontrar a felicidade, mas sabemos que só há um caminho. Esse norte, que levará a Pátria aos mananciais de águas tranqüilas, precisa ser apresentado com urgência a fim de que cânticos de júbilos surjam nos lábios de nosso povo. POR UM BRASIL VERDADEIRAMENTE FELIZ é mais que um tema de campanha. A frase lança um olhar sincero aos brasileiros e constata o clima de tensão em cada homem, mulher e criança. Ela também é o complemento de uma ação (faço isso por aquilo) e por isso não se sustenta sozinha. Não se sustentará sem antes nos engajarmos na missão, gerando atitudes que resultem em libertação, restauração e a chegada do ano aceitável do Senhor. Esse é o nosso desafio. Você estará conosco?